quinta-feira, 16 de abril de 2009



Oi

Doçura aos teus olhos,
Mais claras aos meus,
Percepções diferentes,
Numa visão facilmente igualável,
Verdades e ilusões num sussurro,

Praça,
E passa,
E passa devagar,
A vagar,
Num instante incoerente,
Coerência maldita,
Que foge a cada minuto.

Olho para baixo, formigas ao chão,
Olho para frente, asfalto,
Olho para o lado, quem era para ficar,
Vai embora.

E tudo se transforma num recomeço
Imperceptível.
Sem doçura,
Nada é claro,
Não se percebe tudo,
Se percebe nada,
Não há sussurro,
Não há mais praça,
E não passa,
Demora,
E vaga,
A vagar,
A vagar,
A vagar,
...

Ricardo Júnior